
(A Leopoldo Cirne)
Deus
– quando penso neste nome santo,
Divino
poema de imortal grandeza,
Sinto-me
preso de um sagrado encanto,
E
na alma sinto a inspiração acesa.
Cantá-lo
quero e tento, mas, de espanto,
Logo
recuo: a própria natureza
Nega-me
o auxílio, que num rude canto
Jamais
decantarei tanta beleza!
E
tento em vão... ah! como a dor me explode
Na
alma, sentindo não poder num halo
De
rimas pô-lo, e ao coração me acode!
Entanto,
se não posso decanta-lo
Como
anelava, calmamente pode,
Crente
e pura, a razão glorificá-lo!
Casimiro Cunha
Vassouras,
agosto de 1905
In: Reformador,
01 set. 1905
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